quinta-feira, 2 de abril de 2009

Juro que sabia

o Milton Mordeu Marcialmente de Meio a Meio a Morte da Mãe, o que faz dele um orfão perante o cíclo da vida. E se o acabei de dizer é porque está feito! Ou não tivessem estas palavras a força suficiente para limar arranha-céus na forma e no polimento até à invisibilidade do brilho e das vozes epifânicas.
Ou é de Subtle ou é do manifesto do Professor Mamadu que hoje me deram quando entrei para o Metro. Subtle estou agora a morder com os lóbulos, o manifesto, esse, agarrou em mim e leu-me de cima para baixo, dobrou-me e encaixou-me no meu próprio caderno. Depois caminhou comigo ainda dentro daquele caderno e viajámos através da sorte na vida, túneis da cor de pouca electricidade, olhos sem grande queda prá visão e ladrilhos rolantes. Depois caminhou mais um bocado e deixou-me no anfiteatro, mesmo a tempo da aula, que não tive talvez porque também ao professor deram um manifesto, sabendo-se lá agora onde estará ele dobrado, provavelmente deitado ao boca larga e já a caminho de uma colina de lixo! Sorte a dele pois lá deverá encontrar todos os meus - e os de toda a gente! - gémeos, alguns feitos bola, outros aviões, outros mesmo origamis impossíveis de decifrar.
Juro que sabia que hoje era dia de combater um manifesto! A melhor maneira de vencer um manifesto que nos seja entregue é deixá-lo sentir-se vivo. Resulta sempre caraças, tentei eu mesmo à custa dos meus orgãos - que ainda tenho todos.

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